top of page
Foto do escritorJoão Paulo Borges

WhatsApp e a carência de informações

Sabe o seu João, a dona Maria, o Pedrinho e a Júlia, que moram em algum município brasileiro? Provavelmente, independentemente da diferença de idade, eles devem estar entre os 120 milhões de brasileiros que utilizam o WhatsApp diariamente.

Dificilmente temos um aplicativo mais utilizado que esse atualmente. Seja para trocar mensagens com familiares, amigos, no grupo de trabalho, ou para resolver alguma questão pessoal com alguma empresa – embora poucas ainda utilizem o aplicativo para essa finalidade -, o popular “whats” é usado para quase tudo. Infelizmente, ainda muito para espalhar as famosas “fake news”, que tanto deram o que falar em 2018, principalmente nas eleições.


Já que a ferramenta está incorporada na rotina de milhões pelo Brasil, por que não usá-la para propagar informações oficiais, institucionais e jornalísticas? Cidadãos como seu João, a dona Maria, e, principalmente, adolescentes e jovens como o Pedrinho e a Júlia, consomem cada vez menos informações de veículos tradicionais, seja televisão, rádio ou jornal impresso. Não quer dizer que eles não sejam “bem” informados. Desde a hora que acordam até a hora de dormir, tentam não deixar de ler as inúmeras mensagens e informações recebidas pelo WhatsApp e, sem dúvida, abrem inúmeras vezes ao longo do dia o Facebook, o Twitter e o Instagram para ver quais as últimas na timeline.


“Já que a ferramenta está incorporada na rotina de milhões pelo Brasil, por que não usá-la para propagar informações oficiais, institucionais e jornalísticas?”


Diante dessa realidade, está cada vez mais difícil prender a atenção das pessoas. Empresas, entidades e órgãos públicos têm o desafio diário de vencer o tal algoritmo das principais redes sociais, captar o interesse do seu público-alvo e convencê-lo a se engajar com a mensagem, seja curtindo, comentando ou compartilhando.


Neste cenário, cada dia está mais desafiador para quem trabalha com comunicação e quer “vender” informação, produto, serviço ou o engajamento em uma causa, já passou da hora de investir na produção de conteúdo de qualidade e na criação de um canal pelo WhatsApp para conversar e ouvir pessoas como o seu João, a dona Maria, o Pedrinho e a Júlia. Eles estão por aí, carentes por receber informações de qualidade e por serem ouvidos.


Há três anos acompanho o uso do WhatsApp em projetos de comunicação institucional, corporativa, de órgãos públicos, empresas jornalísticas e de serviços em geral. Neste período, participei da implementação de alguns canais pelo aplicativo. Entre eles, o da Federação Catarinense de Municípios – FECAM, que após um ano e meio em funcionamento, conta com mais de dois mil cadastrados, entre prefeitos, secretários municipais, assessores de comunicação e cidadãos em geral.


“Cada dia está mais desafiador para quem trabalha com comunicação e quer ‘vender’ informação”


Inspirado nele algumas prefeituras catarinenses passaram a utilizar a ferramenta. É o caso de Biguaçu, onde foi criado há um ano o BiguáZap. Por meio de conversas pelo WhatsApp, a população poderá tirar dúvidas, fazer sugestões, críticas e elogios sobre os serviços públicos municipais. A iniciativa recebeu o título “Projeto Inovador 2018”, no II Fórum de Cidades Digitais da Grande Florianópolis, em dezembro. A administração de Balneário Camboriú lançou do final do ano passado o “Fala BC”.


Acompanho esses e outros 30 cases estaduais e nacionais e tenho a certeza de que não existirá em 2019 uma forma melhor de estreitar a relação com cidadãos e clientes em geral. Planejado e se bem utilizado, o WhatsApp facilita muito o acesso a informações úteis. Nada melhor do compartilhar informações de fontes oficias e jornalísticas para combater as tão propagadas fake news.

46 visualizações

Comments


whatsapp-icone-1.png
bottom of page